sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Os proscritos



Em todos os largos anos em que Pinto da Costa preside ao nosso clube, são meia dúzia os treinadores que não chegaram ao fim da época, num país como o nosso em que a 'chicotada' é imagem de marca do nosso futebolzinho e olhando para os nossos mais directos rivais pode-se considerar pouco,muito pouco, não fosse o atribulado período pós conquista da última Liga dos Campeões e o número seria bem mais reduzido.



Esta é para mim uma imagem de marca do nosso presidente, a estabilidade das nossas equipas, as saídas dos treinadores nunca foram tomadas de ânimo leve e Pinto da Costa tentou sempre evitar 'chicotear' os seus treinadores.

Desta lista salta à vista Octávio que era mesmo muito mau, Quinito saiu após a pressão dos adeptos e da comunicação social, apesar de Pinto da Costa o ter tentado demover até ao fim, Ivic após uma época em que ganhou tudo voltou anos mais tarde e não lhe correu bem, Del Neri nem aqueceu o banco, foi e continua a ser uma autêntica incógnita e Fernandez e Adriaanse aterraram no clube numa época conturbada, agora, tal como em 2004/2005 tínhamos ganho tudo na época anterior, perdido um treinador carismático e a fasquia encontrava-se a roçar o Evereste.

Todas foram apostas pessoais do nosso presidente, tal como Vítor Pereira o foi e já agora Villas Boas e Mourinho, umas escolhas acertadas outras nem por isso, mas a balança continua a pender largamente para o lado de Pinto da Costa.

No tempo de Jesualdo Ferreira não vi nem um terço da contestação da que assisto com o Vítor Pereira, quando na minha opinião até tinha mais razão de o ser, mesmo assim Pinto da Costa manteve-se firme e imune às pressões dos adeptos e da comunicação social e após períodos negros que o treinador atravessou surgiram outros de largos jogos com apenas vitórias para as nossas cores.

Não sei se o Vítor é o indicado para ocupar este lugar, pouco ou nada percebo de esquemas tácticos, o que eu sei é que falta algo à equipa para que eu possa afirmar que ela está a jogar bem, se o Vítor a vai descobrir em tempo útil ou não depende apenas dele e dos que decidem o seu futuro.

O que eu espero é que o bom senso do nosso presidente impere, e que não se caia na leviandade de trocar de treinador apenas porque sim.