Os novos ricos que de um instante para o outro resolveram comprar clubes por capricho ou por outras razões menos claras estão a matar o futebol, principalmente a nossa visão romântica deste. Amor à camisola, orgulho em ostentar o símbolo ao peito, dar tudo em campo são conceitos em vias de extinção, hoje em dia a grande maioria dos jogadores apenas têm um objectivo em mente, ganhar mais dinheiro, esta é a triste realidade.
Enquanto existirem uns quantos clubes capazes de acenar aos jogadores adversários com muitos mais milhões que os demais o fair-play financeiro é realmente uma treta.
Vem este paleio à conta das mais recentes declarações do Jackson Martinez, um tipo com 26 anos que estava há pouco mais de um ano num clube de terceira linha, ou pior, de um campeonato mexicano, clube que foi vendido este ano por dificuldades financeiras.
Neste momento o zé-ninguém de há um ano é reconhecido mundialmente, tem um salário anual superior a 1 milhão de euros, joga no melhor clube nacional, um dos melhores do mundo, com presença assídua na maior competição europeia de clubes, com condições de trabalho muito acima da média. Ora, se eu estivesse no lugar dele sentiria-me um gajo muito feliz, mas parece que não é o caso, pois este tipo teve a desfaçatez de ultimar o clube com uma melhoria das condições 'salariais' ou em alternativa a sua saída.
É por isto que o futebol está a definhar, tornou-se um negócio e não um desporto, a luzinha da paixão teima em manter-se acesa apenas por força e vontade dos adeptos, dos verdadeiros adeptos. Jogadores como este, independentemente do seu valor, não muito obrigado, podem ir à sua vidinha, são todos dispensáveis. Aqui neste clube o que nos faz falta são os João Pintos, os Aloísios, os Vitor Baías, os Castros e muitos outros.
1 Comentário:
Pois... mas os Castros, Dragões do Coração são preteridos pelos dragões de ocasião ou mercenários como lhes queiram chamar. Fazem falta Castros em campo, mas também me parece fazer falta Castros na famosa "estrutura".
Saudações Azuis e Brancas!!!
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