Mais um jogo com uma vitória por uns concludentes 3-0 frente a um Paços de Ferreira agressivo e bem organizado. Quem apenas visse a primeira parte do encontro sairia desiludido com a exibição do nosso clube, quem por outro lado assisti-se à segunda ficaria entusiasmado. A verdade é que o jogo foi uma mistura do lado negro e sombrio com o lado brilhante e explosivo, o Porto continua a apresentar duas faces, mas a da segunda parte dá-nos esperança para que o futuro seja de bons resultados e principalmente de boas exibições.
O talento está todo lá, basta à equipa jogar concentrada, com atitude e acelerar um bocadinho que os adversários vão-se abaixo como um castelo de cartas.
Gostei das substituições do Vítor, da qualidade do passe e da velocidade imprimida na segunda parte, gostei do Belluschi, do Varela, do Álvaro e do Moutinho, não gostei do Hulk, do Sapunaru, do Defour e do Mangala.
O Defour fez o jogo menos bem conseguido desde que chegou a Portugal, pode ter sido apenas um mau-dia, aguardemos, mas o Sapunaru continua uma lástima, lento e faltoso muito faltoso, o Fucille é sem dúvida mais completo não fossem aqueles flashes que lhe passam pela moina de vez em quando... Belluschi é um jogador com muita classe, Moutinho estando a 100% é o motor do Porto e o Varela está a voltar a ser o jogador que eu sempre admirei.
O Hulk está em baixo de forma, se física ou mental não sei, no início da partida havia um jogador que se destacava dos demais na frente de ataque do Porto, jogava a passo e tinha o cabelo amarelo, não sei se existe algum estudo sobre a influência da água oxigenada no rendimento dos jogadores, mas que tem influência tem. Foi bem substituído pelo Vítor que demonstrou autoridade e coragem, no Porto não existem vacas sagradas. Os assobios ao jogador dispensam-se, a atitude do mesmo em sair directamente para os balneários também, a par de Vítor Pereira, esteve no entanto imperial nas declarações pós-jogo pondo um ponto final na muita tinta que decerto iria ser vomitada na próxima semana pelas publicações do costume. O Hulk é um jogador importantíssimo para o Porto, mas tem que compreender que a força deste clube é a união entre todos, não queremos aqui um Cristiano Ronaldo.
Recarreguem as pilhas, liguem o turbo e já no próximo jogo deixem os Cipriotas a comer o vosso pó.
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